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Conto VII: "A Guerra Lusitana" - Factologia

por Eduardo Gomes, em 15.10.17

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A partir do século VI a.C. Roma começou a assumir-se como uma nova potência. Rapidamente anulou o domínio etrusco na cidade do Lácio e avançou para o controlo do mar tirrénico e das regiões meridionais da Península Itálica. Estavam criadas as condições para atingir o objectivo seguinte: a conquista do Mediterrâneo ocidental, a que se juntaria o norte de África. O ritmo lento, contudo seguro da expansão, anunciava a implantação de um emergente poder: o “Império Romano”. Uma realidade territorial assente em bases político-administrativas inovadoras e uma economia globalizada, permitiram a imposição de uma matriz cultural comum aos povos conquistados, cuja aplicação, ainda que sob diversidade ética feita com respeito pelas tradições locais, se pode considerar um enorme sucesso.

Os exércitos romanos comandados por Cneio Cornélio Cipião, chegaram a território ibérico, mais concretamente a Emporion (Ampúrias), cidade basca, ao tempo colónia massaliota, no ano 218 a.C., no âmbito da contenda que travavam com os Cartagineses, naquela que ficaria conhecida por “II Guerra Púnica”. A distribuição geográfica – algo normalmente pouco consensual entre os historiadores – dos diversos povos na Península era então constituída pelos Vascões, Cântabros, Ástures e Galaicos, na costa atlântica setentrional entendida na direcção este-oeste; na meseta predominava uma das “nações” mais poderosas, os Celtiberos, amálgama de tribos que confinavam na Carpetânia com os Vaceus. A sul destes encontravam-se os Vetões. Os Lusitanos ocupavam a região litoral, entre Douro e Tejo. Mais além, na área a que hoje se designa, grosso modo, o Algarve, encontravam-se os Cónios, herdeiros dos Cinetes, e, na Bética, os Turdetanos, sucessores dos Tartéssios. Nas margens do Guadiana encontravam-se algumas tribos Celtas. Refira-se ainda que, a partir de 237 a.C.os exércitos Bárquidas (e também os mercadores cartagineses interessados no comércio e na exploração das minas de metais preciosos) não só dominavam territórios que haviam sido seus anteriormente, onde se compreendia Gades e Nova Cartago, como se haviam expandido para as montanhas da meseta, da Lusitânia à Celtibéria, embora não fosse a conquista ou a ocupação permanente o luzeiro que os iluminava. O poder cartaginês não procurava hostilizar os povos indígenas, e a prova de tal encontra-se nos contingentes de mercenários, sobretudo celtiberos, que lhes engrossavam regularmente a hoste, na qual também avultavam os soldados Libifenícios, o que permitia aos púnicos combater os romanos a partir da Ibéria.

 

 (Continua)

 Os pais / encarregados de educação das crianças envolvidas neste projecto poderão solicitar a versão integral do mesmo através do e-mail: asvoltasdahistoria@gmail.com.

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